O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), condenado pelo Supremo Tribunal Federal a 16 anos, 1 mês e 15 dias de prisão por participação na tentativa de golpe de 2022 e por envolvimento em organização criminosa, protagonizou uma saída do país que já é tratada por autoridades como uma fuga planejada.
Segundo apurações, Ramagem deixou o Brasil de carro, cruzando a fronteira por um ponto terrestre até um país vizinho. A estratégia teria sido adotada para driblar o controle migratório nacional, já que seu passaporte estava cancelado por ordem judicial e ele estava proibido de viajar.
Acompanhado da esposa e da filha, o parlamentar teria percorrido o trajeto por terra e, ao chegar ao país limítrofe, embarcou em um voo comercial internacional, utilizando um documento que não constava como bloqueado nos sistemas externos. A ausência de alerta internacional — como difusão da Interpol — teria permitido que ele passasse pelo embarque sem impedimentos.
A situação gerou forte reação em Brasília. Parlamentares de oposição afirmam que a conduta comprova “intenção clara de fuga”, enquanto aliados tentam minimizar o episódio. Já a defesa de Ramagem sustenta que ele teria viajado por “motivos pessoais e de saúde”, sem detalhar a rota nem o destino final.
Mesmo sem classificação oficial de “foragido”, o caso aumenta a pressão sobre o STF e sobre a Polícia Federal para formalizar medidas de busca e captura caso a fuga seja confirmada. Há expectativa de que o tribunal seja acionado para apurar se houve violação deliberada das restrições impostas e se servidores estrangeiros foram induzidos ao erro durante o processo de embarque.
A trajetória de Ramagem, da investigação sobre espionagem ilegal à fuga por rota terrestre, marca um dos episódios mais tensos da crise política recente — e deve gerar novos desdobramentos nos próximos dias. O Canal SPN trará, em breve, mais novidades sobre o caso.
Fonte: Canal SPN

