Operação do Ibama desmantela rede de tráfico de fauna e pesca ilegal no Nordeste
Operação Vidas Livres II aplicou quase R$ 3 milhões em multas por crimes ambientais - Foto: Divulgação/Ibama

Operação do Ibama desmantela rede de tráfico de fauna e pesca ilegal no Nordeste

Mais de 300 animais silvestres apreendidos e quase 3 milhões de reais em multas; operação também intercepta carga ilegal de lagosta na Paraíba

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) desarticulou um esquema de tráfico de fauna e atividades pesqueiras ilegais no Nordeste, durante a Operação Vidas Livres II. Entre os dias 19 e 26 de agosto, foram apreendidos 308 animais silvestres e 982 quilos de lagosta sem origem legal. Ao todo, foram aplicadas multas que somam R$ 2.738.060,00.

As ações ocorreram de forma integrada entre as Superintendências do Ibama da Paraíba, Bahia e Rio Grande do Norte, com apoio do Batalhão Ambiental da Polícia Militar da Paraíba e da Polícia Rodoviária Federal (PRF-PB). O trabalho mapeou rotas, feiras e pontos de armazenamento que abasteciam o comércio clandestino de fauna na região.

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Ação conjunta resulta na apreensão de 308 animais silvestres no Nordeste

Entre os locais fiscalizados, destaque para a “Feira da Troca”, em Guarabira (PB), e a “Feira da Prata”, em Campina Grande (PB), onde agentes ambientais encontraram aves, répteis e mamíferos mantidos em condições precárias. A maioria dos animais foi devolvida à natureza, enquanto os feridos, filhotes ou espécies de outras regiões foram encaminhados ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama em Cabedelo (PB) para reabilitação.

A operação também atingiu a pesca ilegal. Durante fiscalização conjunta com a PRF-PB, foram interceptados um caminhão refrigerado e um carro de passeio transportando lagostas beneficiadas por empresas sem autorização ambiental.

No balanço final, 48 autos de infração foram lavrados. Segundo o Ibama, a segunda fase da Operação Vidas Livres expôs a estrutura de uma rede criminosa organizada, que envolve caçadores, pescadores ilegais, atravessadores e comerciantes em feiras populares.

O Instituto reforça que operações sistemáticas como essa não apenas punem os infratores, mas também desarticulam cadeias que ameaçam a biodiversidade, os ecossistemas e a conservação da fauna brasileira.

Assessoria de Comunicação Social do Ibama
(61) 3316-1015

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